Membros de associações sediadas nos EUA terão a maior representação entre os participantes no Encontro das Comunidades Macaenses que começa já na próxima semana: são mais de 450. Também os macaenses radicados no Canadá e Austrália aderiram em grande número. No total, inscreveram-se 971 pessoas da diáspora
Catarina Pereira
O presidente do Conselho das Comunidades Macaenses, Leonel Alves, já tinha previsto a maior participação de sempre no Encontro das Comunidades Macaenses, apontando para mais de mil inscrições. Ora, os números finais confirmam as expectativas: no total serão 971 vindos um pouco de todo o mundo, aos quais se juntam 339 participantes de Macau. No total, 1.310 pessoas inscreveram-se no Encontro que decorrerá entre 23 e 29 de Novembro.
De acordo com os dados fornecidos pelo Conselho das Comunidades Macaenses (CCM) ao Jornal TRIBUNA DE MACAU, o maior número de participantes chega dos EUA (458), incluindo 240 do Lusitano Club da Califórnia, 186 da Casa de Macau USA e 32 da União Macaense Americana. Segue-se a comunidade radicada no Canadá com 250: o Macau Club (Toronto) trará 108 pessoas, seguindo-se a Casa de Macau no Canadá (Toronto) (66), a “Macau Cultural Association of Western Canada” (50) e a Casa de Macau Club (Vancouver), com 26.
A lista integra ainda as Casas de Macau da Austrália (100 participantes), de Portugal (81), São Paulo (27) e Rio de Janeiro (4), bem como o Club Lusitano de Hong Kong (23) e a “United Kingdom Macau House” (11). Segundo o CCM, estão também inscritos 17 macaenses que residem no estrangeiro mas não são membros de Casas de Macau.
O presidente da Comissão Organizadora disse a este jornal que, consoante as actividades, os números de participantes oscilam. “Há algumas com cerca de 1.300 participantes, outras com 1.500”, observou José Luís Sales Marques.
A maior dificuldade é conseguir lugar para todos em determinadas actividades. “O problema é já não haver praticamente mais lugares para a festa de encerramento, aí é que está mais complicado”, apontou.
O jantar será realizado na Torre de Macau, “por isso temos dificuldades em satisfazer os pedidos todos”, explicou, notando que o espaço tem capacidade para cerca 1.200 pessoas. “No mínimo, há mais 100 pessoas que gostariam de lá estar. Mas isto é uma estimativa muito conservadora”, sublinhou.
No que respeita às actividades planeadas para o Encontro, o presidente da Assembleia Geral da Associação dos Jovens Macaenses (AJM), Duarte Alves, indicou que não há “nenhum evento organizado pela AJM específico para os jovens”, assegurando que a associação – enquanto membro do Conselho das Comunidades Macaenses – irá “participar em todos os eventos que serão organizados e ajudar no que for necessário”.
José Sales Marques lembrou que “no passado chegou a haver uma iniciativa [da AJM] à parte, mas este ano não está previsto”, sublinhando que “não é por nenhuma razão em especial”. “A AJM é parte do Conselho das Comunidades Macaenses, portanto, este encontro também é da AJM”, frisou.
No ano em que se comemoram os 20 anos da RAEM, Duarte Alves considera que o Encontro tem “um grande simbolismo” porque demonstra que a comunidade macaense continua a ser parte integrante da nova realidade que é o território. “Para nós jovens macaenses, dá-nos força e uma mensagem de confiança para continuarmos a trabalhar em prol do desenvolvimento da RAEM e da nossa comunidade”, frisou.