Reeleitos por mais três anos como presidentes dos Conselhos Geral e Permanente do Conselho das Comunidades Macaenses, Leonel Alves e José Sales Marques pretendem aproximar as Casas de Macau ao território e incentivar bem com estreitar laços com o Governo no sentido de dar a conhecer aquilo que essas associações fazem pela divulgação da RAEM
Os corpos dirigentes do Conselho das Comunidades Macaenses (CCM) foram reeleitos por mais três anos. O presidente do Conselho Geral, Leonel Alves, disse ao Jornal TRIBUNA DE MACAU que um dos objectivos é estreitar laços com as Casas de Macau espalhadas pelo mundo. “Queremos dar apoio maior às acções das Casas estabelecendo uma interacção cada vez maior e mais íntima com Macau”, afirmou.
“Costuma dizer-se que as Casas são uma espécie de embaixadoras de Macau no exterior, mas este epíteto não chega”, explicou. “Sei que muitas Casas têm feito esforços grandes no sentido de divulgar as potencialidades de Macau, designadamente a nível turístico. O que importa é que isto seja devidamente transmitido para as entidades competentes de Macau e encontrarmos uma plataforma de acção conjunta, valorizando o papel destas Casas”, sublinhou, acrescentando que através dessa acção se poderá chegar à conclusão de que “o sentimento da ligação à terra será fortalecido, ganhará outra utilidade e função”.
Segundo Leonel Alves, em várias reuniões, nomeadamente na Assembleia-Geral do CCM – que foi “muito concorrida, com muitas intervenções, quer das pessoas que vivem em Macau, quer das Casas” –, houve “uma boa troca de opiniões”. “Se calhar por coincidir com o novo ciclo que iremos iniciar a partir de 20 de Dezembro, novas ideias surgiram e o renovar de esperanças de, em conjunto, podermos fazer mais algo de concreto para divulgar o nome de Macau no exterior”, prosseguiu. Leonel Alves assegurou que os novos planos serão transmitidos ao novo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, e ao seu Governo.
Outro objectivo é tentar uma maior aproximação às gerações mais jovens. “As comunidades vão evoluindo, e temos de pensar no que será a comunidade macaense de Macau e da diáspora nos próximos 30 ou 50 anos. Não irá desaparecer de certeza, irá ganhar outras tonalidades, outras características, mas o denominador comum persistirá sempre, que é o amor a Macau. É isto que tem de ser incentivado, divulgado e propagado junto das gerações mais novas”, defendeu.
Por sua vez, José Luís Sales Marques, reeleito presidente do Conselho Permanente, indicou a este jornal que o CCM vai “procurar analisar os estatutos porque há alguns aspectos que tornam a organização pouco operacional”. Além disso, será também pensado o funcionamento “durante os períodos de menor actividade”.
“Não é só fazer Encontros, há uma série de outras coisas e isso exige apoio Governamental, sobretudo financeiro. Temos de dialogar com o Governo”, observou. Sales Marques deu como exemplo a realização de actividades relacionadas com a gastronomia ou com o turismo.
A par disso, o CCM considera, como disse Leonel Alves, ser “fundamental alicerçar a nossa coesão e o funcionamento do Conselho com as Casas de Macau e, claro, procurar preparar também as novas gerações para assumirem a responsabilidade no futuro”.
C.P.